Trump planeja federação nacional anti-DEI e retalia a bancos por ESG, diz documento
Documento interno revela que Trump quer criar estrutura federal contra políticas de diversidade e usar poder regulatório para punir bancos pró-ESG. Estratégia será central em novo mandato.
Em um plano confidencial revelado por assessores de campanha, o ex-presidente Donald Trump pretende criar uma estrutura federal coordenada para atacar políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em empresas, universidades e órgãos públicos.
O plano prevê a mobilização de agências como SEC, FDIC, Fed, OCC e CFPB para investigar práticas associadas à agenda ESG (ambiental, social e de governança) e ameaçar bancos e empresas que adotarem medidas baseadas nesses princípios.
A revelação está em um documento obtido por Axios, que mostra a estratégia como parte de uma retaliação planejada a empresas do setor financeiro e outras organizações que adotaram compromissos públicos com diversidade racial ou redução de emissões de carbono.
Pressão sobre universidades e o setor privado
A proposta inclui a criação de um novo Conselho Federal para Erradicar a DEI, que teria poder para revisar e penalizar políticas afirmativas em universidades e empresas com contratos públicos. Há também menção a “limpar os escritórios de diversidade” do governo federal.
O movimento é uma escalada da guerra cultural que Trump e aliados vêm promovendo, com foco em limitar a influência de práticas corporativas baseadas em causas sociais. "Isso se tornará um centro de gravidade em um segundo mandato", disse uma fonte próxima à campanha.
Reação de democratas e ativistas
Especialistas alertam que, se implementado, o plano pode resultar em ameaças diretas à autonomia universitária e ao setor privado, além de ampliar tensões raciais e políticas. O movimento é interpretado por adversários como uma tentativa de institucionalizar retaliações ideológicas.
A campanha de Trump não respondeu aos pedidos de comentário da imprensa.
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