Galípolo defende Pix público, Lula reage a Trump e COP 30 em alerta: veja os destaques do dia

Pix e gestão pública no centro do debate

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu nesta quarta-feira (6) que o Pix continue sob gestão pública, destacando seu papel essencial na inclusão financeira. Com 250 milhões de transações diárias e mais de 858 milhões de chaves cadastradas, o sistema é considerado uma infraestrutura crítica.

Galípolo negou que o Pix prejudique outros meios de pagamento, apontando crescimento de 20,9% nas transações com cartão de crédito entre 2020 e 2024. Segundo ele, o sistema ampliou a bancarização para 159 milhões de brasileiros.

Apesar da defesa enfática, o Pix enfrenta investigações nos Estados Unidos por supostas práticas comerciais desleais. Galípolo também solicitou maior autonomia orçamentária para o Banco Central, alegando que os custos com inovação tecnológica estão comprometendo o orçamento da instituição.

Tarifas e diplomacia: Lula articula reação do Brics a Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca uma resposta coordenada do Brics às novas tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Lula considera as medidas abusivas e lesivas ao comércio multilateral, mas descarta retaliações unilaterais.

O governo brasileiro pretende intensificar relações comerciais com países como a Índia e aposta em articulação política com China e África do Sul. “Quando um não quer, dois não brigam”, disse Lula, ao descartar diálogo direto com Trump.

COP 30 em Belém enfrenta críticas por tarifas de hospedagem

Os preços das hospedagens para a COP 30, marcada para novembro em Belém, chegaram a ser 15 vezes superiores ao valor habitual, o que acendeu o alerta entre delegações de países menos desenvolvidos. O presidente da conferência, André Corrêa do Lago, reconheceu o problema e afirmou que o governo está negociando com o setor hoteleiro local.

Até o momento, 500 apartamentos com tarifas reduzidas foram reservados. A COP 30 deve reunir mais de 50 mil participantes e 100 chefes de Estado para discutir a implementação dos acordos climáticos e o financiamento de US$ 1,3 trilhão até 2035.

Apple investe US$ 100 bilhões em fabricação nos EUA

A Apple anunciou um novo investimento de US$ 100 bilhões para fortalecer sua produção nos Estados Unidos, como parte de um plano de US$ 600 bilhões em quatro anos. A iniciativa conta com apoio do presidente Trump e visa reduzir a dependência da Ásia.

Entre as medidas está a construção de uma nova instalação no Kentucky para produção do vidro dos iPhones, além da contratação de 20 mil funcionários. A empresa, no entanto, ainda enfrenta desafios como a escassez de mão de obra qualificada no país.

Congresso travado por protesto contra prisão de Bolsonaro

PP e União Brasil aderiram à obstrução legislativa em protesto à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com apoio de 110 deputados e 14 senadores, os partidos anunciaram que não registrarão presença nas sessões da semana, paralisando os trabalhos do Congresso.

Os líderes das siglas condicionam o fim da obstrução à votação de projetos como a anistia e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A ministra Gleisi Hoffmann criticou a atitude e alertou para os prejuízos legislativos causados à população.

Ibovespa fecha em alta com resultados positivos

O Ibovespa subiu 1,04% nesta quarta-feira, fechando aos 134.537 pontos, impulsionado por balanços corporativos positivos. O dólar caiu 0,78%, cotado a R$ 5,46.

Entre os destaques, a RD Saúde (RADL3) subiu 19% após apresentar lucro 13% superior ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, o GPA (PCAR3) teve queda de 10%, e o Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 1,26%.

O mercado segue atento à temporada de balanços e aos desdobramentos do tarifaço americano, enquanto o governo brasileiro reforça o discurso de que não pretende retaliar os EUA.

Com informações de: G1 e Infomoney