Morre Arlindo Cruz, ícone do samba, aos 66 anos no Rio de Janeiro

O cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. O artista estava internado no hospital Barra D'Or, na Zona Oeste da capital.

Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico em março de 2017 e, desde então, convivia com graves sequelas neurológicas, passando por diversas internações ao longo dos anos. Desde o AVC, ele não se apresentava mais em público.

Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio, Arlindo Domingos da Cruz Filho construiu uma das carreiras mais respeitadas da música brasileira. Conhecido por seu talento no cavaquinho e banjo, iniciou-se na música ainda criança e despontou em rodas de samba ao lado de grandes nomes como Candeia, Beth Carvalho e Jorge Aragão.

Arlindo integrou o grupo Fundo de Quintal por 12 anos, gravando clássicos como "Seja sambista também", "Castelo de Cera" e "O Mapa da Mina". Após deixar o grupo em 1993, seguiu carreira solo e teve mais de 550 músicas gravadas por diversos artistas, incluindo Zeca Pagodinho e Alcione.

Além do samba de raiz, Arlindo também se destacou nas disputas de sambas-enredo do Império Serrano, sua escola de coração, tendo vencido em diferentes anos. Em 2023, foi homenageado como enredo da escola.

Em sua carreira solo, lançou DVDs e CDs de sucesso, como "MTV Ao Vivo" (2009), "Batuques e Romances" (2011) e "Batuques do Meu Lugar" (2012), com participações de nomes como Caetano Veloso, Alcione e Zeca Pagodinho.

Arlindo Cruz também era apaixonado pelo Flamengo. Em uma de suas últimas aparições na televisão, no programa “É Gol!!!”, da SporTV, emocionou os fãs ao cantar clássicos e demonstrar seu amor pelo clube.

Com sua morte, o Brasil se despede de um dos maiores sambistas de sua história, símbolo de musicalidade, resistência e amor à cultura popular.

Fonte: G1

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